quarta-feira, 20 de julho de 2011

ontem.

anotar tudo. passar todos os riscos, de lápis cicatriz.
todas as temporadas repetidas, os babados da imperatriz
os meus sonos foram sempre os mesmos, digitam sendo espelhos, loadingam, caem, embassam quase pouco. invadem.
a luz ecônomica é sempre a mesma para esguichar ideias grandes como os caracóis das varandas;
conversas cheias de amor, mas que não me grudam atenção; ladrilhos derviches.

mãe contava histórias de um tarô mornosonolento... "o homem que cortara as próprias pálpebras"
de qualquer forma não me lembro das histórias.

desde criança, fiquei de fazer algo importante... (as fotos de pequeno me jogam na cara)
fiquei de recuperação. e fugi pela janela sem nem sentir cheiro de palmatória.
e nunca fui criança. e nunca me despi.

os pés cortavam pedras. cuspia no chão com todo o direito.
dias antes de ver meu pai chorando-única-vez-de-manhã-cedinho-tchau-o-pai-vai-embora,
passou um sujeito na nossa rua, com um macaco inquieto nos ombros.

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