domingo, 29 de novembro de 2009

priorize os olhos.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

só vou poder olhar pra fora
quando conseguir jogar as manchas dos bolsos no rio.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

tá mais que na hora
de aceitar tudo isso
sem cerimônia nenhuma.
amor é palavra pesada
não como pedra
mas como continuidade.

domingo, 22 de novembro de 2009

Helene pensava no porquê de gostar tanto de se sentir com tantas lâmpadas em dias fechados e chuvosos.
"é como se fôssemos cobertos. o céu se encapa. Como se o dia dissesse 'calma, temos tempo. tome um chá...'". Dias cinzas obrigam as matérias plásticas a inalar e borrifar as cores cruas, sem artifícios. Já que não há o traço enérgico e urgente imposto pelo sol.
Helene é um zodíaco.
Mas o homem atrás da porta sabe que não é bem assim. Que os tecidos geométricos e os souvenirs estão dispostos em camadas. Por enquanto, tudo está em camadas. As cascas não são tão simples, tão ópticas.
Sempre tem alguém para atender a porta. Sempre há portais em nucas descobertas.;. em datilografia impressa. E luz incandescente em quartos íntimos. Eternidade de quando se ouve realmente.
"Alta costura dos termos bem empregados - que apesar do trabalho e aviamentos, é só roupagem - ; os moldes dos advérbios..." pensava Helene passando o dedo leve na borda da toalha.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

e paixão é cair pra cima
a insustentável leveza do ser...
o léxico dos mal entendidos, lembra?

então

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

é como os caminhos das formigas.
só elas o sentem...


hoje eu sou o cenário noir
hoje sou a batida trip-hop violenta.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

é isso. eu gosto de livros vagos e sutis.
gosto de fatos-livros-sutis
gosto de ventos-livros-pernas-sutis
sentimento de geometria afiada me visita
e eu costuro raciocínios-fita K7
o terror das películas.

Na luz vermelha
do rádio gravador da minha mãe
enxergava a casa-portal
de um monstro-micro
que acenava simpático e mínimo.
logo saía de cena. só eu o via.

o cansaço me tremula
penso leve, nas conversas de olhos
dos gatos de rua.