segunda-feira, 17 de maio de 2010

escritoantigo

ok

não tenho nada pra dizer
eu nunca tenho mesmo.
às vezes a boca seca, as mãos se cansam, as teclas do rosto se gastam
enquanto o peso dessa constatação
encharca o resto do corpo

mesmo em meio a outros muitos corpos
mesmo a noite
mesmo naquela parte da noite que dá pra ficar sozinho
e ouvir o próprio cinismo

nunca tenho muito o que dizer
mas tenho a terrível mania de ler muito fundo por aí...
(me pergunto quando me sentirei à vontade
pra borrifar o sorriso que trago atrás dos olhos)

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