quinta-feira, 9 de abril de 2009

foi.

choveu no canto mais fraco. e foi isso.
as rebarbas de tudo foram atacando as bolsas dos olhos, era difícil aguentar. era difícil também entregar os pontos (a gente nunca sabe pra quem entregar...) e é irônico porque esses pontos só são pontos e pesos pra seus donos... se a gente larga, eles se dissolvem, e ninguém vê.
dá vergonha de ser visto chorando. vergonha besta. mas tá lá.

tem dia que é pra se afogar, é aflitivo.. e no fundo sentir o líquido entrando nas narinas dá uma sensação de que o porão será lavado.. dá aquela sensação de "pronto, fiz tudo o que pude".
parece trágico. mas não é... depende da narina.
Naquele dia eu me senti como a G.H de clarice... toda aquela paixão (no sentido literal da palavra), aquela via crucis existencial (mas no meu caso, não consciente, não descrita) ao ver uma barata de repente. e ali tudo era a barata.
Eu era o guarda-roupa, cheio de aquários que estavam se trincando.


mas pronto. passou. resgistrar registrar né? acaba caindo por aí...
mais fortinho agora. pronto a sentir a mágica entregue por algum carneiro imaginativo, subsequente a suspensão de gotículas ao caminhar por ruas que se gosta sem nenhum motivo identificado.
Passa-se da vontade miuda ao jorrar de patas impressas.

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